Shania Twain

sábado, maio 06, 2006

Entrevista em 2003

Olá pessoal,

Hoje vou mostrá-los a tradução que fiz - com a ajuda inicial de meu amigo Jean e revisão de minha ex-professora de inglês, Viviane - de uma entrevista que Shania cedeu à VH1 em Janeiro de 2003. Nela Shania fala sobre sua mudança para a Suíça, o lançamento do CD Up! (pouco tempo antes da entrevista ser realizada), a carreira, a infância e muitos outros assuntos. Como essa entrevista é enorme, vou poupar comentários. Fiquem com VH1 e suas várias perguntas:

7 de Janeiro de 2003


VH1 - Como se sente estando de volta aos olhos do público?

Shania - Nós trabalhamos por um longo tempo neste CD e eu estava um pouco ansiosa pra compartilhá-lo. Após gastar os últimos anos escrevendo, gravando e finalizando o processo criativo, eu estou pronta pra falar a todos sobre ele.


VH1 - O que lhe fez mudar para a Suíça?

Shania - Ela é excepcionalmente bonita. Parece o Canadá. Cheia de lagos, montanhas, e neve. Adoro neve. Quero poder tomar chocolate quente o ano inteiro! Mas a verdadeira razão foi a privacidade. As pessoas de lá são discretas, muito reservadas. Eu gosto desta privacidade.


VH1 - Você estava preocupada em sair da música no auge do estrelato e perder tudo que tinha conseguido?

Shania - Eu precisei voltar ao antigo estilo de vida por um tempo - comprar minha comida e lavar minha loupa. O mundo dos shows é mais tranqüilo. O equilíbrio é o que é importante, assim que puder escapar e ir pra casa viver uma vida tranqüila por um tempo, me sentirei rejuvenescida!


VH1 - Em agosto de 2001 você e Mutt tiveram um filho, Eja. O que este bebê mudou em você?

Shania - Eu sou uma pessoa intensa. Você amadurece em um curto espaço de tempo quando tem um filho. Ele me fez olhar menos rigorosamente a carreira. Eu sou mais de manter uma vida calma e agradável, assim tenho mais energia e tempo pro Eja. Trabalhei duramente no “Up!”, mas isso é algo que agora posso fazer no meu próprio espaço e no meu próprio tempo. Quero trabalhar próxima a minha família pelo resto da carreira.


VH1 - O seu período de rejuvenescimento mudou seu modo de escrever as canções de “Up!”?

Shania - Não existe fórmula. Às vezes eu e Mutt escrevemos separadamente. Outras nós nos reunimos e escrevemos coisas do zero. Às vezes escuto o Mutt tocar alguma coisa no violão e me vem uma idéia, daí junto-os num só. Nós não temos um compromisso marcado para escrevermos juntos uma canção! Mas não posso começar um arranjo criativo em casa. Eu começo quando nós viajamos num final de semana pra algum lugar estimulante. Fomos à França, Alemanha, Áustria, Itália e ao Caribe. Algo deste álbum também foi gravado na Índia. “Up” foi escrito e gravado bem internacionalmente.


VH1 - Você recebe parte de sua inspiração das viagens?

Shania - É estimulante estar em lugares que você nunca esteve antes, experimentando novas culturas. Acho outras artes muito inspiradoras. Muitas vezes a inspiração vem de estar enfadonha e isolada. Se eu estou indo muito bem em minha vida, também fico distraída pra escrever músicas. Eu preciso ficar num estado onde estou quase aborrecida, aí quero apenas escrever. É um jeito de passar o tempo, eu acho!


VH1 - Quais são suas canções preferidas neste álbum?

Shania - Eu diria “Forever and For Always”, “Waiter! Bring Me Water!” e “Ka-Ching!”. “Ka-Ching” começou como uma canção sobre o Natal. Queria escrever como nós todos entramos em débito na época do Natal. Mas decidi não fazer um álbum sobre o natal, assim eu escreveria sobre a pressão que a sociedade impõe-nos para gastar. Sofri nos natais da minha infância. Meus pais não tiveram dinheiro pra gastar com presentes. Tinham de implorar, roubar ou pedir para nos dar um presente de Natal decente. Agora que tenho esse dinheiro, vejo pessoas ricas que sofrem a mesma pressão para gastar mais, ter muitos carros, uma enorme mansão... [risos] É louco como todos nós caímos nela.


VH1 - Lembrando sua infância, você tem uma melhor idéia de como seus pais lhe viam?

Shania - Imagino como sofreram em não ter condições de nos alimentar quando sabiam que queríamos comida. Nós lavávamos nossas roupas na banheira quando não podíamos gastar com a lavanderia. Isso é difícil no inverno, porque ficam 4º abaixo de zero no Canadá! Às vezes havia falta de eletricidade e não tínhamos água quente. Nós vivíamos muitos pesadelos. Como minha mãe conseguiu que eu fosse cantar à 1 A.M. num bar quando eu tinha 8 anos? Não sei como pensaram que eu seria descoberta em algum bar do norte de Ontário! Acho que eles pensavam que eu tinha que começar de algum lugar. E funcionou! Mas se eu soubesse melhor quando criança que teria pouca chance, diria que minha mãe era absolutamente louca! Mas ela estava certa de que o meu dia chegaria; eu não tinha esta certeza toda. Meus sonhos eram de ser uma cantora auxiliar de Stevie Wonder. Não sonhava ser uma estrela. Era tímida, nervosa, não gostava de pressões sobre mim. Aos 16 comecei a cantar sem meu violão. Ficava assustada. Quando era criança ele era tão grande que podia me esconder atrás.


VH1 - Você entende melhor sua mãe agora que também é mãe?

Shania - Entendo, mas eu não levaria meu filho de oito anos a um bar para começar a cantar no palco. Não sei de onde veio sua pretensão. Talvez porque ela estivesse desesperada e confiante de que eu tinha talento. Eu não entendo isso e nunca entenderei.


VH1 - O que ela pensaria de você agora?

Shania - Penso que estaria orgulhosa. Choraria cada vez que me visse cantar! Teria um ataque nervoso cada vez que eu fosse à televisão. Seria maravilhoso para mimar meus pais um pouco. Eu gostaria disso. Cada dólar gasto significou algo nessa casa. Os $5 da gasolina gastos para eu ir ao clube e voltar para casa poderiam ter ido para o pão e leite ou algo parecido. Fizeram a família se sacrificar para que eu pudesse cantar...


VH1 - Seu filho provavelmente nunca conhecerá as necessidades que você passou. Como fará Eja se conscientizar de tudo o que se passa ao seu redor?

Shania - Tudo lhe será ensinado. Ele terá a educação que gostaria de ter tido, mas também crescerá sabendo como nasci e como é viver assim. Obviamente, eu não mataria meu filho de fome para explicar-lhe, “Bom, isso foi o que tive de passar!”. Isso é sobre mostra-lhe pessoas e culturas diferentes. Se ficar num mundo pequeno, aconchegante, confortável a todo tempo, não será sensível àqueles que têm menos. Sou muito sensível a eles. Conheço muito bem ambos os lados da questão. Ensinarei-lhe isso e desejo que aprenda.


VH1 - Você ainda é cuidadosa com o dinheiro?

Shania - Não gosto de ter mais do que preciso. Se tenho muitos sapatos, dôo os que encostados e que não uso mais. Todas as roupas glamourosas que uso em premiações e ademais, ou dôo à caridade ou ao Shania Twain Museum em Timmins, pois isso ajuda um pouco minha cidade. Sinto-me bem quando posso limpar tudo e livrar-me de todas as coisas de que não preciso mais. Isso desde minha infância.


VH1 - Talvez esta formação rígida seja o motivo de você escrever canções tão enriquecedoras.

Shania - Isso é uma ótima base para escrever canções que façam lembrar de si mesmo. As pessoas dizem “Você nunca fica abatida? Sempre escrevendo canções otimistas!”. Naturalmente que fico, mas esta é a questão. Não importa como está indo minha vida, vou subir no palco de maneira positiva. “It Only Hurts When I'm Breathing” é a única canção sobre mágoas em “Up!”, pensava em alguém sentido [triste] e tentando recomeçar sua vida, e assim ficou.


VH1 - “What a Way to Want to Be!” foi escrita logo depois de ter o bebê?

Shania - Sim. É toda sobre a pressão que recebemos para estarmos perfeitos. Às vezes eu penso “Ah, já cansei de tentar ser perfeita!”. Com o passar do tempo, estou começando a aceitar melhor os meus defeitos. OK, eu tenho celulite. O que eu estou fazendo sobre isso? Você não pode passar sua vida inteira tentando ter um físico perfeito. Isso é impossível. Divirto-me brincando com a maquiagem e a roupa, mas tento não me curvar à pressão de tentar ser perfeito em tudo.


VH1 - Há muita pressão para que mantenha sua imagem sexy?

Shania - Eu realmente penso que é estúpido impor muita pressão a si mesmo. Muitas semanas depois de ter o bebê ainda estava com a barriga flácida. Recomecei a montar meus cavalos seis semanas depois, e ajudou, mas não entrei em nenhum regime louco que me afligisse, “Eu vou poder mostrar minha “barriguinha” de novo?”. Tive sorte por não ficar com marcas do ganho de peso, mas tive que fazer um grande esforço pra voltar à antiga saúde. Não perco noites de sono por isso. Minha barriga está reta novamente, mas isso aconteceu com o tempo. Como bem, sou ativa, mas não me estresso por isso.


VH1 - Quanto de sua imagem representa o que você realmente é?

Shania - Eu vejo toda a imagem sobre mim como fantasia. É como quando se está frente a um espelho e é posta nele. Não vejo isso seriamente. Isso tudo é muito superficial. A música é o que mais se aproxima de mim.


VH1 - Muitas das canções em “Up!” são sobre o amor e ser feliz.

Shania - Não acho que poderia sentar e escrever um maço de canções tristes nessa fase de minha vida. Estou gostando de escrever canções que me fazem sorrir e rir. Nos divertimos muito escrevendo essas canções. Demos o pontapé inicial na composição das músicas como no título - “Even my skin is acting weird/ I wish that I could grow a beard.” (“Até minha pele está estranha/ Gostaria que me crescesse uma barba.”). É divertido escrever coisas simples, gosto disso.


VH1 - Quando você veio pela primeira vez a Nashville tinha um jeito diferente de escrever.

Shania - Eu ficaria acordada a noite toda e escreveria canções, mas ninguém topou fazer aquilo. Todos param às 5 horas! [Risos.] Você teria as três e quatro horas para escrever e registrar seus direitos autorais. Eu diria, “Vocês pretendem que escrevamos das nove às 12? Querem que no meio de uma idéia realmente boa paremos para o almoço?” Era um sistema que eu não entendia. Ansiava encontrar os novos Willie Nelsons, Waylon Jennings e Dolly Partons. Venho de um fundo musical bastante rústico que eu posso relacionar com todas as histórias que escreveram. Cresci com música country. Eu ficava mais desapontada com as pessoas que não representavam mais Nashville.


VH1 - Essa frustração é aparente na sua carreira. No seu primeiro álbum você teve somente uma canção com direitos autorais. Por isso você escreveu todas as novas canções para o seu segundo álbum “The Woman In Me”?

Shania - Tinha ido a Nashville com muitas idéias, que apareceram em The Woman In Me. Nunca foram desenvolvidas porque ninguém estava interessado nelas. Mas encontrei Mutt e ele achou que eram boas. “Whose Bed Have Your Boots Been Under?” não era uma canção acabada, mas Mutt me ajudou. Eu não tinha nenhuma confiança naquilo que escrevia, pois tinha sido rejeitada por Nashville, mas isso tudo não incomodou Mutt, que disse “Uau, essa é uma ótima idéia!” Ele manteve minhas idéias, desenvolveu-as, e então desenvolvemo-as juntos.


VH1 - Como “Como On Over” cresceu no sucesso de “The Woman In Me”?

Shania - Todos estavam esperando para ver se essa garota fosse ter somente um grande álbum em sua vida e que este seria ele. Quando “Come On Over” saiu, ele superou estas provocações. Senti como se não tivesse que provar qualquer coisa mais.


VH1 - Então você sente que conseguiu?

Shania - Sinto que consegui há muito tempo, porque as metas originais que propus a mim mesma eram modestas. Esperava que a música me desse uma vida decente para comprar minha casa, ter segurança financeira, educar meus filhos e comprar um carro. Estou falando do básico, não uma mansão em Baverly Hills. Pra mim, estou conseguindo!



Bem, é isso. Levou muito tempo para que eu terminasse a tradução da original, mas valeu a pena. Lembrando que essa não é uma tradução perfeita, por isso pode haver alguns pontos que não estejam 100% em concordância com a entrevista original.
Quero agradecer-lhes, Jean e Vivi, e lembrar seus nomes mais uma vez pois os dois me foram de grande ajuda.

Deixo-lhes mais 3 wallpapers:


Espero que tenham gostado desta postagem.

Abraços

4 comentário (s):

JC Twain disse...

CARACA!!! FICOU ÓTIMA A TRADUÇÃO, ESSA ENTREVISTA É D++++!!! QUANTO A MINHA AJUDA NUM FOI NADA, SEMPRE Q PRECISAR LEMBRE-SE Q ESTOU AQUI A DISPOSIÇÃO...HEHEHEHE!!! ADOREI OS WALLS, FICARAM LINDOS (COMO SEMPRE...RSRSRSRSRS), ABRAÇÃO!!!

Anônimo disse...

paulo!!!a traduçao ficou otima!!!!!!!!!
eu tenho esse vide, se nao me engando dura mais de 40 min e ainda acaba do naa, creio q a entrevista dura muito mais. eu nao ficava literalmente boiando qndo eu via a entrevista, cada vez q entrava, acrescia um pouco mais d informaçao mas ler esta traduçao abriu minya mente de vez pro q antes eu só deduzia na entrevista.
só nao te mando tal video por dois motivos: ele é grande d+ pra um vcd e tb ta num sakeles meu videos comprometidos.

wall lindos!!!!!!!!quero chegar em casa logo pra salva-los. depois queria te miostrar umas fotos q gostaria q virassem walls.
10000000 erica

Anônimo disse...

paulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
agora, salvando os wallls, q vi q vc fez walls e tyb!!!!!!!!!!!
meu, ficaram lindos, d+!!!, fantasticos!!!!
vc hein!!! minha mae me deixou fazer mais uma camiseta da sha mas vc me deixou em duvida!!!em duvida!!!!! q wall escolho agora???????????????
hehe.
milhoes de bjos pra vc!!

Anônimo disse...

ah paulo, ia me eskecendo, o nome da entrevista é:"on her own words".
meu, vc tem q ver a introduçao do video, é de chorar!!!!!snif...
mass um dia vc ainda o ve.
bjos dee novo

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